Um terço das empresas no
país tem dificuldades financeiras, diz Serasa.
Estudo
analisou 150 variáveis de todas as companhias ativas no Brasil.
Um terço das cerca de 17 milhões de companhias em
atividade no Brasil passam por problemas financeiros.
O dado faz parte de estudo da Serasa que analisou
150 variáveis de todas as companhias ativas no Brasil.
As empresas foram agrupadas em sete categorias e 54
subgrupos, segundo análises estatísticas que permitiram encontrar
características comuns entre elas.
A Serasa avaliou critérios como idade, porte,
endereço, experiência dos sócios, capital social, número de funcionários,
pontualidade de pagamento, uso de crédito, entre outros.
As companhias incluídas no grupo das que passam por
problemas têm risco de crédito médio e alto ou débitos em atraso.
A maior parte delas é formada por microempresas
(com faturamento de até R$ 360 mil ao ano) com problemas financeiros, que
representam 6,33% do total de empresas do país.
A Serasa também apontou que 2,63% das companhias
brasileiras são microempresas em alto risco.
Outro subgrupo predominante entre as que tentam se
reerguer é o das empresas que dependem do capital de seu sócio para se manterem
ativas, 6,21% das companhias brasileiras.
Em geral, são negócios cujos donos são das classes
A e B e que possuem rentabilidade baixa.
Seguem no mercado pois são mantidas por economias
de seus proprietários, diz Fernando Rosolem, gerente de serviços de marketing
da Serasa Experian, diz considerar que empresas nessa situação, em que o
dinheiro do dono se mistura com o do negócio, é de altíssimo risco.
"Parte desses empresários pode perder sua
estabilidade financeira se a pessoa jurídica fragilizada afetar a pessoa
física", diz.
Rosolem aponta que o alto percentual de empresas
com problemas se deve, em grande medida, à situação econômica ruim da economia
brasileira.
Porém, como é a primeira vez que o levantamento é
feito, ainda não é possível quantificar seu impacto sobre as finanças das
empresas.
NOVATAS
A segundo categoria de maior abrangência foi
chamada pela Serasa de "No Começo" e é formada por empresas com até
cinco anos e, e, geral, com bons indicadores financeiros.
Fazem parte dela
29,43% das companhias brasileiras.
Ela é formada principalmente por jovens em ascensão
(10,69% do total), o que inclui empreendedores com até 45 anos.
São profissionais que, mesmo começando em momento
de dificuldade, conseguiram bons resultados, diz Rosolem.
Boa parte dessa alta participação de novos negócios
na economia brasileira se deve a uma aceleração do empreendedorismo resultante
da crise econômica e do desemprego no país.
Entre janeiro e agosto deste ano, por exemplo,
foram abertas 1,5 milhão de novas empresas. O número é 10,5% superior ao
registrado entre janeiro e agosto de 2016.
A maior parte das novas companhias abertas no
período (78,5%) é formada por microempresas individuais (MEIs).
São empresas que, em geral, dependem de baixo
investimento e pouca capacitação, característicos de quem inicia um negócio por
necessidade, diz Luiz Rabi, economista da serasa.
Esta é a primeira
edição do estudo, que deve ser divulgado trimestralmente.
Com
informações da Folhapress. © Pixabay.
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MSN.
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