Essas são as 4 regras de
ouro da prevenção.
É unanimidade: quanto mais cedo se descobre uma
doença, maior as chances de cura. Entretanto, o grande desejo da comunidade
médica é estar à frente: intervir ainda mais precocemente, de modo a impedir
o surgimento do tumor.
Cientistas do Fundo Mundial para Pesquisa do Câncer
(WCRF, na sigla em inglês) e do Instituto Americano para Pesquisa do Câncer
(AICR) calculam que pelo menos 30% dos casos de câncer de mama podem ser
evitados.
As duas instituições mantêm um grupo de experts que
periodicamente revisa estudos sobre a relação do estilo de vida com o
desenvolvimento de um nódulo maligno no seio.
Em 2010, o grupo publicou o primeiro relatório com
foco na prevenção do câncer de mama. Em maio deste ano, foi lançado
o segundo, que avaliou 119 estudos, abrangendo 12 milhões de mulheres ao redor
do mundo.
“Não há garantias quando o assunto é câncer”,
disse a nutricionista Alice Bender, do AICR, no evento. “Mas é empoderador
saber que se pode fazer algo para a proteção.”
A conclusão aponta quatro estratégias principais
para diminuir o risco:
INTENSIFICAR
O TREINO
Ser fisicamente ativo já reduz o perigo. O
relatório destaca que caminhar depressa, correr ou pedalar rápido na bicicleta
diminui em 17% o risco de ter a doença antes da menopausa e em 10% depois.
A caminhada moderada e a hidroginástica leve são
benéficas sobretudo após a menopausa, quando a maioria dos tumores de
mama aparece.
“Uma vez tratado o câncer, as que aderem a um
programa bem planejado ficam menos sujeitas ao retorno da doença”, afirma o
oncologista Max Mano, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele lembra que
quem nunca treinou deve procurar a ajuda de um educador físico.
MANTER
UM PESO SAUDÁVEL
Evitar a obesidade ao longo da vida e especialmente
na pós-menopausa é essencial. O excesso de peso aumenta o risco de vários
tipos de câncer e também de diabetes e problemas cardíacos.
“Os depósitos de gordura produzem estrogênio, que
favorece o crescimento dos tumores”, explica Antônio Luiz Frasson,
presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Esse cuidado é ainda mais relevante para quem já
teve a doença. Uma forma rápida de checar se o seu peso está de acordo é medir
a circunferência da cintura. Ela deve ficar abaixo de 88 centímetros.
LIMITAR
O CONSUMO DE ÁLCOOL
Apesar de ser considerado bom para o coração, beber
meia taça de vinho por dia eleva o risco na pós-menopausa e possivelmente na
pré-menopausa. O drinque-padrão fornece 14 gramas de álcool em 100 mililitros.
E bastam 10 gramas de álcool diários para causar
problemas. “Ele é metabolizado no fígado e também na mama”, afirma Max Mano. “O
consumo rotineiro produz danos ao DNA e pode desencadear a sequência de eventos
que conduzem ao câncer.”
Há evidências claras de que a bebida esteja ligada
a diversos tumores e seja ainda mais nociva para as mulheres.
MELHORAR A DIETA
Vários estudos analisados mostravam que alimentos
ricos em carotenoides (espinafre, couve, brócolis, cenoura, damasco), fibras
(frutas, verduras e grãos) e cálcio (laticínios) abaixam o risco de ter
câncer de mama.
O relatório afirma, porém, que as conclusões desses
trabalhos não são definitivas. Portanto, essa recomendação tem peso menor do
que as outras três.
Mas Frasson faz uma ressalva: vale a pena consumir
mais frutas e vegetais pelos benefícios gerais à saúde e pelo auxílio no
controle de peso.
Ele orienta, ainda, a limitar a ingestão de carne
vermelha e de processados, como bacon e presunto.
FOTO:
© ThinkStock mulher-vinho-cancer-de-mama
Portal
MSN.
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