Pets de estimação podem devolver às pessoas a vontade de viver.
E vice-versa. Mas os bichos de estimação também precisam de atenção, pois eles
sentem a perda do ente querido e sofrem com isso.
De fato, ter animais em casa ajuda-nos a descontrair e
sentirmo-nos acompanhados. Mas na realidade, eles fazem muito mais que isso —
está provado que os pets de estimação são benéficos para a saúde.
Um estudo feito no EUA procurou saber quais os fatores sociais e
psicológicos que mais influenciaram as pessoas que tinham estado hospitalizadas
com doenças coronárias.
De todas as variáveis estudadas — sexo , raça, idade, situação
econômica e isolamento social —, ter um animal foi a de maior influência no
prolongamento da vida do doente.
Das pessoas que não possuíam animais, 28% morreram ao fim de um
ano, contra apenas 6% das que tinham. Os
assistentes sociais há muito se deram conta do papel que os pets podem
desempenhar como companhia para pessoas solitárias.
Eles transmitem autoconfiança aos inseguros e servem como
terapia ocupacional para quem nada tem para fazer. Na Inglaterra do séc. XVIII,
o York Retreat — um hospício excepcionalmente avançado para a época — entregava
aos cuidados dos pacientes internados pequenos animais.
Tanto coelhos como galinhas. Ter seres dependentes dava-lhes uma
sensação de importância e responsabilidade.
Visitantes bem-vindos
Nos últimos anos, aliás, alguns médicos começaram a usar animais
como terapia para deficientes físicos e mentais, em especial crianças, doentes
psiquiátrico e idosos. A Pro Dogs (acesse o site), uma instituição de caridade
britânica, passou a organizar 'visitas' de cães aos doentes acamados.
Hoje, sob o patrocínio da fundação Animais Como Terapia, mais de
4.500 donos de cães levam seus pets aos hospitais. Assim, alguns doentes são
estimulados a brincar e relacionar-se com eles, como parte do tratamento.
As visitas são muito benéficas para os doentes fóbicos e
introvertidos. Assim como para os pacientes dependentes de tóxicos sob
tratamento.
Em vários países, como os EUA e a Grã-Bretanha, uma terapia já
bastante usada com crianças deficientes é a equitação. Quando crianças com
paralisia cerebral, por exemplo, são colocadas em cima de um pônei, o mundo
torna-se repentinamente muito mais excitante.
Com o tempo, ao aprenderem a dominar um cavalo ou um pônei,
adquirem muitas vezes a capacidade de controlar os próprios corpos.
Amigos especiais
As crianças deficientes mentais também ganham com a comunicação
e o contato físico com um animal em termos de sociabilidade. Ter outro ser para
amar e cuidar torna-se uma razão para viver, mesmo para os desesperados e
solitários.
©
Nataba/iStock.
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