Corpo humano pode estar
chegando ao limite, diz estudo.
Cientistas franceses e brasileiros analisaram os
registros de longevidade, altura e força física das pessoas em diversos países
ao longo dos últimos 120 anos – e constataram que, mesmo com os avanços da
medicina e as melhorias nas condições de vida, esses indicadores pararam de
aumentar na década de 1980.
“Podemos estar chegando a um limite biológico”,
disse à SUPER Juliana Antero, pesquisadora do Instituto Nacional do Esporte da
França e coautora do estudo.
O
que explica esse fenômeno?
Há um limite físico do corpo. O número de vezes que
nossas células podem se replicar e regenerar é limitado, assim como o número de
vezes que o coração pode pulsar ao longo da vida [2,5 a 3 bilhões de
batimentos, em média].
Além disso, o nosso organismo foi forjado durante uma
longa evolução, e não houve tempo para que a genética se adaptasse a uma
longevidade tão alta quanto a de hoje.
Você
pode dar exemplos dessa estagnação?
O recorde de longevidade é da francesa Jeanne
Calment, que viveu 122 anos e morreu em 1997. Há mais de 20 anos ninguém vive
tanto.
No esporte, as marcas são batidas em cada vez menos
modalidades. A recordista olímpica dos 800 metros rasos, por exemplo, ainda é a
tcheca Jarmila Kratochvilova, que marcou seu tempo [de 1min53s28] em
1983.
Também há uma tendência de estabilização na
estatura dos adultos. Nos países nórdicos, os filhos já não são mais altos que
os pais. Na NBA, a altura média dos jogadores é a mesma, 2 metros, desde 1984.
Quais
as consequências desses limites?
É importante ter consciência deles e ser realista.
Em vez de sonhar em viver 150 anos, devemos trabalhar pela igualdade na
expectativa e na qualidade de vida, para que o máximo de pessoas possa viver
perto do limite, e de forma melhor.
Fonte: Are
we reaching the limits of Homo sapiens? J.
Antero e outros, 2017.
Portal MSN.
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