terça-feira, 27 de fevereiro de 2018


Corpo humano pode estar chegando ao limite, diz estudo.
Cientistas franceses e brasileiros analisaram os registros de longevidade, altura e força física das pessoas em diversos países ao longo dos últimos 120 anos – e constataram que, mesmo com os avanços da medicina e as melhorias nas condições de vida, esses indicadores pararam de aumentar na década de 1980.
“Podemos estar chegando a um limite biológico”, disse à SUPER Juliana Antero, pesquisadora do Instituto Nacional do Esporte da França e coautora do estudo.
O que explica esse fenômeno?
Há um limite físico do corpo. O número de vezes que nossas células podem se replicar e regenerar é limitado, assim como o número de vezes que o coração pode pulsar ao longo da vida [2,5 a 3 bilhões de batimentos, em média].
Além disso, o nosso organismo foi forjado durante uma longa evolução, e não houve tempo para que a genética se adaptasse a uma longevidade tão alta quanto a de hoje.
Você pode dar exemplos dessa estagnação?
O recorde de longevidade é da francesa Jeanne Calment, que viveu 122 anos e morreu em 1997. Há mais de 20 anos ninguém vive tanto.
No esporte, as marcas são batidas em cada vez menos modalidades. A recordista olímpica dos 800 metros rasos, por exemplo, ainda é a tcheca Jarmila Kratochvilova, que marcou seu tempo [de 1min53s28] em 1983.
Também há uma tendência de estabilização na estatura dos adultos. Nos países nórdicos, os filhos já não são mais altos que os pais. Na NBA, a altura média dos jogadores é a mesma, 2 metros, desde 1984.
Quais as consequências desses limites?
É importante ter consciência deles e ser realista. Em vez de sonhar em viver 150 anos, devemos trabalhar pela igualdade na expectativa e na qualidade de vida, para que o máximo de pessoas possa viver perto do limite, e de forma melhor.
Fonte: Are we reaching the limits of Homo sapiens? J. Antero e outros, 2017.                                                               
Portal MSN.


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