Dia da Abelha: conheça as
vantagens do mel para a saúde.
Na
data que celebra essa curiosa espécie, essencial para a manutenção dos
ecossistemas, destacamos os benefícios do néctar dourado
Neste dia 3 de outubro é comemorado o Dia da
Abelha. Surgida no continente asiático há aproximadamente 45 milhões de anos, a
espécie provoca no homem um misto de admiração e medo desde então.
Com seu corpo pequeno e veloz e aparência
inofensiva, esse inseto voador tem o poder de provocar picadas doloridas e, ao
mesmo tempo, produzir um dos alimentos mais gostosos e benéficos para nossa
saúde: o mel.
Sua exploração começou a ser feita de forma
organizada a partir de 2.400 a. C., trazendo para o consumo da sociedade
produtos como cera, geleia real, própolis, pólen, apitoxina, serviços de
polinização, além do mel, que passou a ser amplamente utilizado, tanto na
indústria alimentícia como na farmacêutica, entre outras.
Além da diversidade de itens, a apicultura, como é
chamada a atividade, é ecológica, rentável, sustentável e de grande importância
econômica, principalmente para a agricultura e a pequena propriedade rural.
Isso se deve à capacidade polinizadora das abelhas,
que permite o aumento da disponibilidade de frutos e sementes para a manutenção
dos ecossistemas.
Algumas plantas dependem exclusivamente de animais
polinizadores para sua reprodução, enquanto outras se beneficiam deles
produzindo frutos de melhor qualidade.
Mel,
o néctar da natureza
Há milhares de anos o mel é usado pelos antigos
como fonte de energia e prevenção de doenças, além de possuir sabor inigualável
– como alimento, é o mais antigo adoçante utilizado pelo homem, tanto em estado
natural como integrando receitas diversas.
Sua composição é, em geral, feita de açúcares
simples como frutose e glicose, sendo a primeira a que aparece em maior
quantidade, além de água, minerais (cálcio, magnésio, ferro, entre outros) e
vitaminas dos complexos B, C, D e E.
O aroma, o paladar, a coloração, a viscosidade e as
propriedades funcionais do mel estão diretamente relacionados com a fonte de
néctar que o originou e, também, com a espécie de abelha que o produziu.
Estudos mostram que possui propriedades
antimicrobianas, antivirais, antiparasitária, anti-inflamatória, antioxidante e
anti-carcinogênica. O mel pode conter ainda quantidades importantes de colina,
essencial para as funções cerebral e cardiovascular.
Em comparação ao açúcar refinado, que vem sendo
considerado um grande vilão para a saúde, o mel é mais nutritivo e possui valor
calórico 18% menor, com poder de adoçar duas vezes mais.
Por isso, a substituição do açúcar por mel tem
ganhado relevância na promoção de hábitos alimentares mais saudáveis.
Restrições
No entanto, de acordo com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), crianças menores de um ano não devem consumir
mel (assim como todos os outros alimentos do grupo de açúcares e doces), pois
não possuem capacidade imunológica para combater a bactéria causadora do
botulismo, encontrada em alguns tipos de mel.
O
mel cristalizou, o que fazer?
Quem consome mel certamente já se deparou com essa
situação: ao abrir o recipiente onde está armazenado, o produto está
cristalizado, ou seja, endureceu. Porém, isso é fácil de reverter e não impede
seu consumo.
A cristalização consiste na separação da glicose,
que é menos solúvel que a frutose e, consequentemente, na formação de hidratos
de glicose – as propriedades nutricionais não são alteradas.
Alguns podem nunca cristalizar, outros cristalizam
mais lentamente, ou muito rápido, depende do tipo de flor em que a abelha
capturou o néctar e da temperatura de armazenamento, que não deve ser menor do
que 34 ou 35°C, conforme a temperatura das colmeias.
Para trazer o mel de volta ao estado líquido, sem
perder as propriedades nutricionais, coloque o recipiente em banho-maria (até
45°C) durante cinco minutos. Com informações do Governo do Estado de São Paulo.
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