Pelos encravados: como tratar e prevenir
Pontinhos vermelhos, incômodos e muitas vezes doloridos, os
pelos encravados são um dos grandes inimigos da pele lisinha. Claudia Cunha,
membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia esclarece por que isso
ocorre e como remediar essa situação.
Genética:
A espessura, o formato do pelo e o tamanho do poro: essas três
características exercem significativa influência no modo como o pelo sai da
pele. “Os pelos lisos rompem a pele com mais facilidade. Mas se os poros são
estreitos, isso dificulta a sua saída”.
Roupas:
Basicamente o pelo encrava porque o canal por onde ele passa
fica obstruído. Dessa maneira, ele cresce enfraquecido e com uma tendência
maior de se encurvar sobre a pele.
“Por isso, a virilha e as axilas são mais propensas a essas
complicações. Nas pernas é um fenômeno mais sazonal – no inverno, sobretudo,
quando usamos roupas mais apertadas para nos proteger das baixas temperaturas”.
Depilação:
Lesões nos poros decorrentes da depilação também barram a saída
dos pelos. “Atenção às lâminas: devem estar impecáveis. Do contrário as chances
de micro-ferimentos são grandes; consequentemente o processo de cicatrização
também obstrui os poros”.
Como tratar
Esfoliação:
É uma aliada para remover a camada de células mortas, que se
forma naturalmente na superfície da pele, dificultando a saída dos pelos. “Acho
válido ressaltar que há alguns cuidados essenciais relativos à depilação: o
primeiro diz respeito à frequência; em peles normais recomendo o uso da bucha
vegetal com sabonete hidratante no máximo duas vezes por semana.
Nas peles sensíveis o cuidado é redobrado: esponja macia com
sabonete levemente abrasivo – do contrário, podem surgir irritações.
Outro ponto a ser levado em consideração é a questão da força
aplicada nesse processo: a bucha e o sabonete abrasivo já fazem seu papel.
Portanto, massageie a região delicadamente”.
Pinça:
A retirada do pelo encravado com o auxílio da pinça ou com
ferramentas pontiagudas pode traumatizar ainda mais o folículo e aumentar o
risco de infecções na pele – o que também significa cicatrizes, marcas e
manchas.
“Pomadas com ativos antiinflamatórios – como aloe vera, cânfora
e camomila – aplicadas após a esfoliação aliviam o incômodo e a vermelhidão.
Laser:
Uma vez que diminui radicalmente a quantidade de pelos, reduz
também as chances de encravamento. “A técnica acaba por agir na espessura dos
fios, portanto, mesmo os que não eliminados tornam-se mais finos e, assim, tem
mais facilidade para romper a pele”.
Como
prevenir
1. A lâmina deve estar afiada; dessa maneira o pelo é cortado de
uma vez só não sendo necessário repetir o atrito na pele. Ao menor sinal de
"corte cego" é hora de trocar a lâmina. Além disso, guarde-a em local
fresco e arejado. O vapor constante contribui para o aparecimento de fungos e
bactérias.
2. Ao contrário da depilação com cera, a lâmina dever ser usada no
sentido em que o pelo cresce.
3. Dê preferência por depilar-se durante o banho. “O vapor e a
água morna dilatam os poros facilitando a saída do pelo, que por sua vez fica mais
maleável com a alta temperatura”.
4. Mantenha a pele hidratada. No caso das axilas, há desodorantes
com ativos que protegem e ao mesmo tempo hidratam. Desse modo, a pele sofre
menos com as agressões dos processos depilatórios.
ThinkstockPrincipais
causas
Por Renata
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