Além da pílula: 7 métodos
contraceptivos para conhecer
Depois da evolução da pílula, muitas mulheres agora
estão procurando outros métodos contraceptivos, seja por não ter se adaptado a
elas ou até mesmo por vontade de encontrar um método com o qual se identifique
mais.
Afinal, os métodos vão muito além da pílula
anticoncepcional e da camisinha masculina, são muitas as maneiras de evitar a
gravidez. Adesivo, anel vaginal, DIU, injeção, diafragma e até implante...
existem várias opções para você provar até encontrar sua favorita.
Para nos ajudar a entender melhor cada um deles,
conversamos com a Dra. Celina Sollero, médica ginecologista e professora do
curso de Medicina da São Leopoldo Mandic, que explicou um pouco sobre cada
método contraceptivo disponíveis hoje no mercado.
Além disso, a doutora reforça que o único método
que protege contra as doenças sexualmente transmissíveis é a camisinha, seja
feminina ou masculina. Do prático ao duradouro e do econômico ao mais caro,
confira na galeria 7 métodos contraceptivos que você precisa conhecer.
Injeção
Anticoncepcional
Existem dois tipos de Injeção Anticoncepcional:
a Injeção combinada mensal e a Injeção trimestral de
progesterona. Para os anticoncepcionais mensais, as vantagens e desvantagens
são as mesmas da pílula anticoncepcional.
Já a trimestral contém hormônio suficiente para
cessar a ovulação por todo esse período, existe ainda a vantagem de serem
aplicadas apenas a cada três meses.
Anticoncepcionais injetáveis, principalmente os
trimestrais, causam frequentemente atrasos ou ausências da menstruação. A
mensal contém na fórmula os hormônios estrogênio e progesterona, já a
trimestral apenas progesterona.
DIU
DIU
é a sigla para Dispositivo Intrauterino, trata-se de um dispositivo que possui
forma de T e é inserido no útero da mulher, por um ginecologista treinado. O
DIU pode ser revestido de cobre (DIU de cobre) ou hormônios (Mirena).
Ambos possuem a mesma função: evitar que o óvulo seja fecundado e que o ovo se
implante no útero, impedindo a gravidez.
Porém, o DIU não se trata de um método de barreira,
que impede o encontro entre espermatozoide e óvulo, ele atua de forma mais
ampla, modificando as condições uterinas.
O DIU de cobre é revestido por esse metal e libera
uma pequena quantidade dele no útero, ocasionando alterações no endométrio, no
muco e também na motilidade das trompas e do útero, promovendo um ambiente
hostil para o espermatozoide.
O DIU Mirena possui em sua estrutura o hormônio
progesterona. Esse é liberado aos poucos e uma pequena quantidade pode ser
absorvida pela corrente sanguínea, porém, o hormônio restringe-se mais ao
útero.
Sua atuação se dá da mesma forma como o DIU de
cobre, causando alterações no útero que impedem a gravidez.
O implante anticoncepcional é uma pequena
cápsula que contém o hormônio etonogestrel. O contraceptivo possui 4cm de
comprimento e 2mm de diâmetro. Ele é introduzido por um ginecologista treinado
embaixo da pele do braço por meio de um aplicador descartável.
Esse método atua impedindo a liberação do óvulo ao
ovário, além de alterar a secreção do colo do útero, dificultando a entrada de
espermatozoides. Segundo a ginecologista Dra. Celina de Paula Azevedo Sollero,
sua principal desvantagem é a possibilidade de irregularidade menstrual, pois
há a possibilidade de que em algumas mulheres ocorra sangramento em épocas fora
do normal.
Existem implantes com duração de seis meses, um ano
e até três anos.
O anel vaginal é um tipo de método
contraceptivo em forma anel com cerca de 5 centímetros, que é feito de silicone
flexível e que é inserido na vagina, de forma a impedir a ovulação e a gestação
através da liberação gradual de hormônios.
Este método deve ser utilizado durante 3 semanas
seguidas e, depois desse tempo, deve ser retirado, devendo-se fazer uma pausa
de 1 semana, antes de voltar a colocar um novo anel.
Quando utilizado corretamente, este método
anticoncepcional tem uma eficácia superior a 99%, sendo semelhante ao
preservativo, ao evitar uma gravidez indesejada.
O adesivo anticoncepcional é um material
aderente que deve ser colado na pele da mulher e permanecer na mesma posição
por uma semana.
Esse método contraceptivo possui em sua fórmula a
combinação de dois hormônios: progestogênio e o estrogênio, que são liberados
na circulação de forma contínua por sete dias.
Os adesivos vêm em três unidades para serem usados
de forma consecutiva. Após as três semanas de uso, é necessário fazer uma
semana de pausa. Pode ser colocado em diversos locais do corpo, como braço,
abaixo da barriga, nas costas ou na nádega.
O adesivo anticoncepcional é um método
contraceptivo extremamente eficaz, com taxas de sucesso semelhantes às da
pílula anticoncepcional. Se utilizado de forma correta, isto é, sem atrasos nas
trocas e erros na aplicação à pele, a eficácia do método é de 99,7%.
O diafragma é um anel flexível envolvido por
uma borracha fina, que impede a entrada dos espermatozoides no útero. Para
haver o funcionamento correto do diafragma, a mulher deve colocá-lo dentro da
vagina cerca de 15 a 30 minutos antes da relação, e retirá-lo 12 horas após o
ato sexual.
Esse método contraceptivo apresenta uma chance de
falha de 10%. Por se tratar de um procedimento de barreira e não hormonal, não
possui efeitos colaterais. Recomenda-se o uso conjunto com o espermicida para
proporcionar uma maior eficácia.
Para começar a utilizar o diafragma como método
contraceptivo, a mulher deve visitar o médico ginecologista para saber o
tamanho que melhor se adapta a vagina. O diafragma não é descartável, podendo
ser utilizado por até 3 anos.
Além da já conhecida camisinha masculina, a camisinha
feminina também é um método contracepetivo, que é uma excelente opção pois
também previne as doenças sexualmente transmissíveis.
O produto consiste em uma bolsa de plástico fino,
transparente, macio e resistente, com dois anéis, sendo um preso na borda e o
outro móvel (que não deve ser removido) dentro da bolsa. A camisinha feminina
deve ser usada em todas as relações sexuais.
A mulher deve colocar a camisinha antes de ter
qualquer contato da vagina com o pênis, mesmo durante a menstruação, e pode ser
colocada até oito horas antes da relação sexual.
A taxa de falha varia de 5 a 21%, ou seja, de cada
100 mulheres que usam a camisinha feminina durante o período de 1 ano, de 5 a
21 podem engravidar.
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Portal MSN.
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