quinta-feira, 7 de março de 2019

Conheça os golpes mais comuns na compra de carros usados.
Quem pretende comprar um veículo seminovo precisa tomar alguns cuidados para não cair em furadas. 
Os problemas começam quando alguns vendedores buscam esconder defeitos no automóvel para poder vendê-lo com um preço tentador, o que facilita o golpe em um consumidor mais desatento.
“Na hora de comprar um seminovo, não existe nada mais perigoso do que a expressão ‘amor à primeira vista’”, avalia Fabio Pinto, especialista em carros e CEO da Carflix, startup que conecta compradores e vendedores de seminovos por meio de uma plataforma interativa.
“Você se apaixona por um carro ou pelo preço bem abaixo da concorrência, dá uma conferida e ele parece estar em ordem, mas depois da compra, em poucos meses, o automóvel passa a apresentar várias falhas e irregularidades incomuns.
Isto sem falar em golpes nos quais o consumidor antecipa o pagamento para o vendedor e não recebe o seminovo de volta”, completa.
5 golpes comuns na compra de carros usados
1. Esconder colisões
Quando uma batida compromete parte da lataria, é possível disfarçar para que não haja desvalorização do automóvel. Em vez de fazer os reparos adequados, que são mais caros, coloca-se uma “massa” no local danificado e a pintura é feita por cima.
Para fugir desse golpe, é fundamental perceber a diferença de tonalidade entre o local onde houve a colisão e o restante do carro.
2. Quilometragem adulterada
Adulterar a quilometragem é um dos golpes mais comuns. O ideal é que pedais, bancos, volante e câmbio não estejam nem muito gastos – indicando que o carro tem uma quilometragem maior do que parece – e nem muito novos – um revestimento muito novo pode ser feito a fim de mascarar desgastes.
Além disso, o Detran disponibiliza em seu site (do estado de São Paulo) as últimas inspeções realizadas no automóvel. O consumidor pode conferir as quilometragens e ver fotos dos carros nas últimas vistorias.
3. Qualidade do pneu
Os golpistas limpam e aplicam produtos como silicone e reparador para aparentar que os pneus são novos.
Entretanto, os itens foram trocados recentemente e possuem desgastes muito severos.
É preciso procurar pneus de marcas conhecidas no mercado, tomar cuidado com os modelos remold, que colocam em risco a segurança do motorista e dos passageiros.
Também vale a pena usar as marcações originais do pneu, chamadas de TWI (Tread Wear Indicator), que funcionam como um indicador de desgaste de rodagem do pneu.
4. Veículo fantasma
Os golpistas anunciam o veículo por um preço abaixo do mercado e em condições mais atrativas do que a concorrência.
Quando o interessado entra em contato, costumam informar que o carro se encontra em outro estado, divulgam fotos do automóvel e até convidam o consumidor a olhar pessoalmente.
Nos próximos contatos, os golpistas informam que receberam uma oferta de outro interessado e que estão prestes a fechar a venda.
Para enganar o consumidor, eles dizem que só podem segurar o negócio por meio de um depósito ou transferência bancária.
Desesperado para não perder a oportunidade, o comprador faz o que o golpista pede e perde o dinheiro, pois o anunciante some sem dar aviso.
5. Consórcio sorteado/contemplado
Neste golpe, os vendedores anunciam um consórcio, já contemplado, disponível para aquisição. Basta o comprador pagar uma taxa de transferência de titularidade e outras taxas administrativas.
O esquema é comprovado para a vítima a partir de documentos falsos. Os golpistas desaparecem após o comprador fazer o pagamento da suposta taxa de transferência e, na melhor das hipóteses, o comprador acaba realmente entrando em um consórcio, mas terá que esperar o sorteio, como todos os outros participantes.
© Foto: Pixabay.
Portal MSN.


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