Tudo sobre conjuntivite: o
que é e como evitar o problema.
Conheça
a conjuntivite, doença que está sofrendo um aumento de casos em 2018
Você já teve a sensação de estar com areia nos
olhos, acordou com as pálpebras grudadas e inchadas e passou dias com os olhos
ardendo e avermelhados?
Pois são esses os principais sintomas de quem pega conjuntivite, uma inflamação na membrana que reveste a parte
branca dos olhos.
Ela pode ser desencadeada por reação alérgica,
exposição à produtos químicos e, principalmente, por vírus e bactérias.
Aí, ganha o nome completo de conjuntivite
infecciosa, que virou notícia nos primeiros meses deste ano, quando o sul de Minas Gerais, o
Centro-Oeste, o Nordeste, o interior de São Paulo e o Sul registraram um número
de casos maior do que o esperado para o período.
Na capital paulista, os casos triplicaram: de 82
entre janeiro e abril de 2017 para 327 no mesmo período de 2018. Entretanto,
segundo Lísia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas da Universidade
de São Paulo (USP), trata-se de um fenômeno sazonal e,
em certa medida, esperado.
“Ela já é uma doença muito comum, que aumenta de
incidência no verão, mas também em ocasiões que envolvem aglomerações de
pessoas”, aponta.
Sem contar que, no outono, a baixa umidade do ar
tende a ressecar as mucosas, o que pode abrir caminho para uma infecção. Via de
regra, a conjuntivite não causa estragos muito sérios.
Fácil de transmitir, mas dá para prevenir
Além dos sintomas descritos acima, a visão pode
ficar embaçada ou sensível à luz e os olhos, lacrimejando constantemente.
São as lágrimas, aliás, que transmitem o agente
infeccioso: a pessoa passa a mão no olho, encosta-a em algum lugar e lá o
bacilo espera até pegar carona em um desavisado.
Quando os sinais aparecem, o ideal é procurar o
médico. “O risco de contágio é alto, por isso recomendamos o afastamento do
trabalho e outras atividades externas até que o quadro se resolva”, explica
Lísia.
Esse período dura em média sete dias. Durante ele,
a pessoa deve tomar medidas preventivas para que o outro olho não seja
infectado. Sim, isso pode acontecer – aí a chatice demora mais para ir embora.
“Quem está com conjuntivite deve lavar as mãos constantemente com água
e sabão, separar toalhas para uso individual
e limpar com álcool tudo o que outras pessoas puderem tocar, como computador e
telefone”, ensina a oftalmologista.
Para a população, em períodos de maior incidência,
assim como para as outras doenças virais, vale reforçar a higiene e ter um
álcool gel por perto. Ou seja, cuidado redobrado nos próximos tempos.
Como tratar o incômodo
Compressas de água fria aliviam a queimação, mas o
soro fisiológico gelado deve ser evitado. “Em excesso, o sal da mistura pode
irritar a pele”, orienta Lísia.
Óculos de sol ajudam a reduzir a sensibilidade à luz, enquanto
os colírios do tipo lágrima artificial lubrificam os olhos e amenizam os
sintomas.
Para evitar a reincidência da conjuntivite, o ideal
é que os lenços utilizados para limpar a secreção que escorre dos olhos sejam
descartáveis.
Pelo mesmo motivo, o colírio não deve encostar na
conjuntiva quando for aplicado. Já coçar os olhos, embora às vezes seja
tentador, piora o problema.
Geralmente, o quadro regride sozinho. Mas, em
alguns casos, o médico prescreve colírios específicos com antibióticos ou
anti-inflamatórios.
Tais remédios, contudo, devem ser indicados pelo
especialista. Tanto porque a conjuntivite possui origens diferentes que só ele
saberá distinguir, quanto porque, em situações raras, sintomas se intensificam
e demoram até um mês para ir embora.
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SAÚDE é Vital.
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