Conheça os segredos da longevidade, segundo a ciência.
Um amplo estudo publicado
na revista Nature, certas escolhas podem adicionar ou reduzir alguns meses de
nossas vidas
Os pesquisadores confirmaram que manter a forma, alimentando-se
bem e fazendo exercícios regularmente, está positivamente correlacionado à
longevidade, assim como ter bons níveis de HDL, o colesterol bom.
Você já deve saber que uma vida longa e próspera depende de
fatores genéticos e de um estilo de vida saudável.
E, além disso, segundo um novo estudo publicado na renomada
revista científica Nature, ter uma boa
educação e estar aberto a novas experiências podem ser decisivos no que diz
respeito ao aumento da expectativa de vida.
A pesquisa
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia,
conduziram uma longa pesquisa de meta-análise sobre os genes associados à
longevidade.
Apartir das informações genéticas de mais de 600.000 pessoas, da
Europa, Austrália e América do Norte, eles conseguiram quantificar como os
genes e diferentes estilos de vida contribuem para aumentar os anos vividos – e
os não vividos.
Os cientistas observaram como determinados marcadores genéticos
poderiam estar relacionados à expectativa de vida dos pais dos participantes.
Como todos compartilhamos a ascendência genética com nossos
pais, a equipe de pesquisa conseguiu identificar o impacto de vários genes na
longevidade.
“O poder da análise de dados e da genética nos permite comparar
o efeito de diferentes comportamentos e doenças em termos de meses e anos de
vida perdidos ou adquiridos e distinguir entre mera associação e efeito
causal”, disse um dos pesquisadores, Jim Wilson.
Nossas escolhas
É nessa diferenciação que entra o estilo de vida de cada um. Os
pesquisadores tiveram que considerar as diferentes escolhas para garantir que
fossem independentes dos riscos genéticos.
Eles também compararam as pessoas com fatores de risco
semelhantes para ver como diferentes comportamentos podem interferir em sua
probabilidade de viver mais.
Dessa forma, eles confirmaram que manter a forma, alimentando-se
bem e fazendo exercícios regularmente, está positivamente correlacionado à
longevidade, assim como ter bons níveis de HDL, o colesterol bom.
Meses a mais, meses a menos
Por outro lado e como já era de se esperar, tabagismo, problemas
cardíacos, diabetes e excesso de peso reduzem a probabilidade de ter uma vida
longa.
Um maço de cigarro por dia, por exemplo, reduziu a expectativa
de vida em sete meses. Além disso, cada valor acima do IMC considerado normal,
equivale a sete meses a menos de vida.
Os cientistas também identificaram um gene associado ao nível de
colesterol ruim no sangue que pode reduzir o tempo de vida em oito meses e um
ligado ao sistema imunológico que pode adicionar cerca de seis meses.
Educação
O estudo concluiu ainda que a educação é essencial para o
aumento da longevidade – cada ano que você passa em um curso de ensino superior
pode adicionar até 11 meses em sua vida.
Essa correlação pode estar intimamente associada às
desigualdades de expectativa de vida entre países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
No entanto, nem tudo é pessimismo. Os fumantes que abandonam o
hábito podem alcançar, ao longo do tempo, o mesmo período de vida que os não
fumantes.
Pessoas com sobrepeso que emagrecem, também podem reduzir seus
riscos de morte precoce. Segundo Peter
Joshi, principal autor do estudo, perder peso [um quilograma] pode adicionar
até dois meses de vida.
ISTOCK.
Revista VEJA
online.
http://veja.abril.com.br/saude/conheca-os-segredos-da-longevidade-segundo-a-ciencia/
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